O
título desse artigo deve ter chamado a sua atenção, mas dormir sem
calcinha realmente pode ajudar muito na saúde íntima da mulher.
Por
vivermos em um país de clima quente e úmido, e estarmos cada vez mais
propensas ao estress e a problemas que levam à queda da imunidade, não é
raro sentirmos desconfortos vaginais.
Um
dos mais comuns é a Candidíase Vulvovaginal: estima-se que cerca de 75%
das mulheres experimentarão pelo menos um episódio da doença durante a
vida. Conversei com o ginecologista Fábio Muniz para entender esse
problema um pouco melhor, vejam só:
O que é a Candidíase Vulvovaginal e quais são suas causas?
Trata-se
de uma infecção da vulva e da vagina causada pela proliferação de um
fungo chamado Cândida albicans que, em muitos casos, já existe na flora
vaginal da mulher, mas não é prejudicial em pequenas quantidades.
Existem vários fatores que predispõem esta proliferação, como a
gravidez, a obesidade, o diabetes descompensado, as altas dosagens de
anticoncepcionais e antibióticos, o contato com substâncias alérgicas
(perfume, talco, desodorantes), o uso constante de biquínis molhados,
absorventes diários e roupas íntimas de tecidos que diminuem a
ventilação da região vaginal.
Quais são os sintomas dessa doença?
Os
sintomas dependem do grau da infecção e eles podem apresentar-se
isolados ou associados. O principal sintoma é a coceira vulvovaginal,
mas a pessoa também pode sentir dor ao urinar e no ato sexual,
vermelhidão na vulva, ter a vagina coberta por uma placa branca ou
acizentada e perceber na calcinha um corrimento branco sem cheiro e com
aspecto de leite coalhado. É importante lembrar que, ao sentir qualquer
desconforto, a visita a um ginecologista é essencial.
Candidíase é considerada uma DST?
Não, pois a relação sexual não é a principal forma de transmissão. Porém, é sempre importante se preservar usando camisinha!
Como é possível evitar a Candidíase?
Algumas medidas bem simples, relacionadas à higiene íntima e ao vestuário, podem ajudar a evitar a Candidíase:
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Dê preferência às roupas íntimas de puro algodão e evite usar
absorventes íntimos diariamente, pois prejudicam a ventilação local.
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Adquira o hábito de dormir com roupas confortáveis e largas, de
preferência de puro algodão. Se possível, durma sem calcinha, para que a
região íntima fique ventilada e menos propença à contaminação.
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Evite usar toalhas e roupas íntimas que ficaram secando no banheiro
(isso facilita a manutenção dos fungos) e, principalmente, aquelas que
pertencem a outras pessoas. As toalhas devem ser bem lavadas e sempre
passadas a ferro antes do uso.
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Após as evacuações, a higiene local deve ser feita trazendo o papel
higiênico no sentido da vulva para o ânus (da frente para trás), nunca
ao contrário, evitando assim a contaminação da vagina por germes que
habitam as fezes.
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Evite ficar períodos longos com o maiôs ou biquínis molhados, porque
eles prejudicam a transpiração e deixam o ambiente úmido e quente, o que
favorece a proliferação dos fungos.
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Duchas intra-vaginais são absolutamente desnecessárias, pois causam
desequilíbrio na flora vaginal e podem levar os germes para outros
órgãos genitais, como o útero, o ovário e as trompas.
Como é o tratamento para a Candidíase Vulvovaginal?
Ao
sentir os sintomas, a pessoa deve procurar o ginecologista
imediatamente, para que seja feito um exame ginecológico. Tratamentos
com cremes e remédios via oral são os mais recomendados, lembrando que
somente um médico pode prescrevê-los.
@Folhadosertao
Fonte: Yahoo